FOLHA MORTA!
Alma perdida no breu
sentimentos inquietos e dispersos,
olhar opaco suspenso num tempo
onde seu amor era meu.
Tristes dias em reverso
canto com som de desencanto,
pensamentos submersos
na agonia do pranto.
Coração camuflando a dor
da realidade sem alquimia,
saudade sangra desamor
nas correntes pesadas do dia.
Solidão abre suas portas
e do corpo inerte se apossa,
sou tal qual folha morta
que o vento do abandono sopra.
Amor! Sentimento instigante,
é fúria da paixão que inebria,
passado o mágico instante
são tristes lembranças,
mergulhadas em nostalgia.
Abril/2007