FOLHA MORTA!
 
Alma perdida no breu
sentimentos inquietos e dispersos,
olhar opaco suspenso num tempo
onde seu amor era meu.
 
Tristes dias em reverso
canto com som de desencanto,
pensamentos submersos
na agonia do pranto.
 
Coração camuflando a dor
da realidade sem alquimia,
saudade sangra desamor
nas correntes pesadas do dia.
 
Solidão abre suas portas
e do corpo inerte se apossa,
sou tal qual folha morta
que o vento do abandono sopra.
 
Amor! Sentimento instigante,
é fúria da paixão que inebria,
passado o mágico instante
são  tristes lembranças,
mergulhadas em nostalgia.
 
 
Abril/2007
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 15/04/2007
Reeditado em 15/10/2009
Código do texto: T450898