Desvarios

Entraste sorrateiro e belo

na morada do meu corpo

derrubaste as salas todas

e já não sei quem sou

onde estou ou para onde irei

mas o amor sabe...

O amor é uma ave cega

que jamais se perde no vazio

voa ao infinito, busca o desvario

preenche os espaços da alma

deixados pela desilusão

e faz o corpo se perder no desespero

para, em seguida, retomar a calma

Queres sentir o amor em sua plenitude?

Solta as amarras da vida e flutua

vais leve como as nuvens no outono

habitas em mim e sinto a todo momento

teu perfume que penetra em minha alma

ouço tua respiração nas rosas que se abrem

E dissipam suas pétalas em meu poema...

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 15/04/2007
Código do texto: T450632