Covinhas
Ahhh eu gosto das tuas covas...
quando ficam expostas
postas a todas as provas
quando sorris
desinibida
desprovida
da tristeza
Dona de todas minhas trovas
e dos poemas ...
onde a beleza flore a vida
e todas as flores parecem novas...
Ahhh eu gosto das tuas covas...
e dos pomares e canteiros
com que ficam as horas
depois que você passa
e perfuma e devora a rotina
depois que você...
Desarruma, encanta
encandeia, incendeia
minha retina...
Ahhh eu gosto das tuas covas...
Rosas, luas e tantas estrelas
todas parecem meninas,
aves de rapina...
diante da tua aparição...
rendem-se a tua grandeza infinita
ficam pequeninas
quando sorris assim tão bonita!
condecorando e espantando minha solidão!