ZELO

E enfim, o silêncio dos dias solitários

cedeu seu lugar ao alvoroço por sua volta

enfim, a ventania transformou-se em brisa mole;

felicidade é pra beber de gole em gole

Olhos sorrindo tateando tudo em volta

lábios abrasados, se abraçando

e a cada toque, uma porta era entreaberta;

se zelo existe, haverá redescobertas

Caminhando, calma, a mesma lua, leve

suspirava e, talvez, por inveja breve,

escondeu-se nas nuvens raras dessa noite

E nós, sob as juras secretas, em suavidades

cobertos de pele e de intimidades

inauguramos estrelas onde o céu fez greve

ZELO – Lena Ferreira – set.13