SENHOR TEMPO




Senhor tempo!...
Posso até te aceitar como companheiro!
se na tua amplidão revestida de polos multicolores,
tu arar-me de pródigas colheitas.

Que, quando em meu suspiro derradeiro,
possa eu deixar do meu ser
de húmus
de simplicidades
de afetos – hospitaleiros.

Raízes centenárias e milhões de paisagens
em adubos bons,
que floresçam o ano inteiro.

Tempo!
enquanto tu pensas ser eu o teu herdeiro,
cá estou estendendo em planícies e searas
meus polens e maresias,
que adquiri com meu coração aventureiro.





 

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 28/09/2013
Reeditado em 28/09/2013
Código do texto: T4502494
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