SENHOR TEMPO
Senhor tempo!...
Posso até te aceitar como companheiro!
se na tua amplidão revestida de polos multicolores,
tu arar-me de pródigas colheitas.
Que, quando em meu suspiro derradeiro,
possa eu deixar do meu ser
de húmus
de simplicidades
de afetos – hospitaleiros.
Raízes centenárias e milhões de paisagens
em adubos bons,
que floresçam o ano inteiro.
Tempo!
enquanto tu pensas ser eu o teu herdeiro,
cá estou estendendo em planícies e searas
meus polens e maresias,
que adquiri com meu coração aventureiro.
Senhor tempo!...
Posso até te aceitar como companheiro!
se na tua amplidão revestida de polos multicolores,
tu arar-me de pródigas colheitas.
Que, quando em meu suspiro derradeiro,
possa eu deixar do meu ser
de húmus
de simplicidades
de afetos – hospitaleiros.
Raízes centenárias e milhões de paisagens
em adubos bons,
que floresçam o ano inteiro.
Tempo!
enquanto tu pensas ser eu o teu herdeiro,
cá estou estendendo em planícies e searas
meus polens e maresias,
que adquiri com meu coração aventureiro.