Amar e Desamar
Amar, quem não precisa? Amar e desamar e se sentir amado por não querer dar-se, pois nem todos amam em demasia. Amar sem compromissos ou obrigações, amar apenas por amar, à noite, à tarde ou no meio do dia. Amar poesia, pois sem ela o amor não tem melodia e sem melodia, meus caros, não pode de modo algum haver companhia. Amar contar segredos nas suas suaves orelhas frias. Segurar suas mãos perto do peito, olhar em seus olhos e pressentir as agonias. Pois do que vale o amor se não houver cumplicidade? E do que vale a cumplicidade se em algum momento não houver a saudade? Responda-me, de que vale? É por isso que amo, amo sem pressa e com desejo, envolvendo-te em abraços e te enchendo de beijos. Musa, musa última da minha poesia.