Amor de Tolo
Já não mais me ignoro.
Queria era poder ignorar-te,
Mas eu não passo d'um ignaro...
Como posso ser tão parvo...?
Acostumei-me com a idéia
De aceitar de fato a tua ausência.
Eu só precisava agora era
Ausentar-te de minha memória.
Mas eis que num súbito instante
Em tua ausência vejo tua fala.
Negar-te nunca fez sentido,
Tampouco faz aceitar-te.
Não anseio muito desejo.
Só um desejo muito anseio:
Desde agora meu querer é
Não querer que não te afastes.