Jardim de todo Poente

Ao som do contra baixo coração

Lágrimas encontram o rosto,

A face encontra o lábio,

E a boca... Ah, a boca!

Doa-se ao vermelho céu... Cereja!

Na tangência do horizonte

O pôr em sol, em dó o luar expõe-se ao olhar,

Divagando pela nau de amar, pela pele o bordado

Intuindo do elemento dor toda forma de prece,

Em oração escreve-se o amor!

Das etéreas pautas,

Notas imperfeitas, mas imortais, únicas

Como as uvas daquele chatô

Servido na taça, na vivência dos verbos

Peito solidão, seio plenitude!

Chora... Ah, pranto sofreguidão!

Lamente-se pelos guias da noite,

Ao suavizar da brisa adentrando pelos umbrais,

D’onde a chama se faz introspecção,

E a semente jardim de todo poente!

27/09/2013

Porto Alegre - RS