Sim ou Não?

Estudos e pesquisas mostram um dado muito interessante:

Quando éramos crianças provavelmente chegamos a ouvir

cerca de cem mil "nãos" até os sete anos de idade!

"Dizer não a um filho também é um ato de amor!"

Mas também é um ato de amor, às vezes dizer sim,

ou até mesmo às vezes não dizer nada,

apenas se calar e testar o intelecto da criança,

colocando à prova se ela consegue discernir

se o teu silêncio significa um Sim ou um Não!

Quando o calar é interpretado pelo consentir

e a criança consegue captar essa verdade no ar, isso a deixa:

Pirilampeando igual a um vagalume!

Pulando igual a um saci-pererê!

Cantando igual um louco na praça!

Dançando igual um bobo da corte

Dando cambalhota igual um macaco!

E aos berros dizer: Minha Mãe deixooo-ou! Minha Mãe deixooo-ou!!

Com tanta alegria, só resta correr e pular na rua, subir em árvores,

brincar de pique pega, pique esconde, salve latinha,

bete de bola, bolinha de gude, bicicleta... e fazer quaaase tudo!

Logo, a doce criança que ouve:

Posso pular em você? "Não pode!"

Posso te abraçar? "Não pode!"

Posso te assoprar um beijo? "Não pode!"

Posso beijar a tua face? "Não pode!"

Posso admirá-la de cima embaixo? "Não pode!"

Posso roubar-lhe um beijo na boca? "Não pode!"

Posso desejá-la? "Não pode!"

Posso ir ao cinema com você? "Não pode!"

Posso entrelaçar a minha mão na sua? "Não pode!"

Posso ser seu homem? "Não pode!"

Bom, agora aí já se vão não mais cem, mas cento e dez mil nãos!

Porém, no amor às vezes tudo se troca

Quando um sim pode te deixar triste;

Quando um não pode te deixar feliz;

Quando um sim pode significar um não;

Quando um não quer dizer sim;

E quando um silêncio pode valer

muito mais do que um sim.

Se para a Mãe às vezes é difícil por querer deixar

e porém ter que dizer um "não pode!",

para a criança também é sempre um sonho

querer tantos mimos da infância pura de sua mente

mas ter que entender a sua Mãe.

Logo, faz-se mister tanto a criança às vezes obedecer a Mãe

como a Mãe algumas vezes ceder naquilo que ela julga

serem momentos muito especiais para ela e para a criança.

Na pureza do nosso amor, desejo ser como essa criança

apaixonada pela Mãe que sabe o momento e a hora certa para tudo...

"Vem pra casa menino!"; "Tá na hora do banho!"; "Vai pra escola!";

"Vai fazer seu dever de casa!" "Não pode brincar na rua agora!";

"Não pode ficar com raiva!"

"Vem cá?... toma seu remédio"; "Vem tomar o mingau pra dormir?"

"Vem cá?... tá cheiroso(a) de talco!"; "Vem colocar o pijama?"

"Vem cá?... Eu te amo"; "Boa noite... dorme com os anjos..."

"Sonhe comigo... porque eu estarei sonhando com você".

Carlos D Martins
Enviado por Carlos D Martins em 26/09/2013
Reeditado em 07/10/2013
Código do texto: T4499655
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