Amor decide...

(...) câmera lenta nas

calendas da vida;

na multidão da solidão,

tristeza escondida;

o amor determinante vai

contornando, lapidando e

impregnando nos sentidos;

tempo rápido na contagem da

memória que faz história de

fracassos e glórias, não

se apressa nem demora;

corre cada segundo no

mundo de cada um;

nunca é cedo nem tarde,

arde vertiginosamente no

tempo exato e imperfeito

meu e teu, complexo,

desmedido, completo,

incompreendido na

insegurança ou certeza

que acalma sorrindo na

imortalidade, onde o

amor é nu e transparente.

Marisa de Medeiros