Condenado

Olho pra traz, lembranças

Ficaram espalhadas como migalhas

Que hoje o vento sopra

Para cada vez mais longe

Hoje fogem de mim esperanças

De reaver o tempo

Outrora perdido com ilusão

Minha face se esconde

Tenta um esconderijo

Procura um abrigo distante

Mas sempre está a vista

Das minhas sentenças

Essas incriminam meu ser

Culpado de que?

Condenado por sonhar

Sentenciado com provas

Apagadas, lembranças, migalhas

Do tempo, recordações tolas

Que me fazem culpado

Me encarceram, na prisão

Erro recorrente apenas ilusão.