Pelo Poema de Amar

Quimeras, pelos lados do sul

Noite de perfume, céu de brigadeiro,

Lanternas alumiando o caminho

D’onde a brisa doar-se-á aos tecidos

Esvoaçando, guiando o lábio até o vinho!

Do arvoredo se ouvirá sons da nostalgia

Imprimindo-se em raras citações,

O sentir será embevecido pelo sentimento

Latente, do oriente, quem sabe,

O âmago responderá em harmonia... Ah! Poesia!

Não, ainda não vi o xale deslizar,

Pelo seio como orvalho flutuando

Entre as pétalas escarlates da rosa,

Sobre seda do leito, do luar em preitos,

Do beijo num relicário guardado!

Sinceramente, o corpo vestirá paixão,

A pele amor, à flor da pele!

Em meandros a madrugada

Irá se multiplicar feito estrelas

Bordando as nuvens, a escultura

Sob os lençóis fluindo por mares

Nunca dantes navegados...

Ah, tudo pelo poema de amar!

25/09/2013

Porto Alegre - RS