Sob o silêncio imposto...

Quando a noite cai sob o silêncio imposto,

Sombras refletem caindo do teu rosto

O brilho pálido de uma lágrima triste...

Você sofre por enganar seu próprio coração,

Teu olhar nega as palavras que você insiste

Em me dizer numa ventania de ilusão...

Desta vez compreendi que sempre vamos sofrer

Enquanto o orgulho for parte do seu viver...

Vejo no teu semblante a imensa dor que você sente,

Você sabe que não sou o responsável por ela...

Entenda, é pra você mesma que mente,

Você me faz mal por eu mostrar pela janela

O mundo real e não o blefe que vingativa impõe...

Um dia virá a conseqüência disso que você não supõe...

Veja, você está suicidando-se em meu coração,

Aos poucos teu desprezo torna nosso caso cabal.

Sei que algumas de suas faltas cometidas como mulher

São o reflexo das minhas falhas como homem...

Entenda, você não me esquecerá onde estiver,

Nossos sentimentos são fortes e tampouco se consomem...

Você precisa se gostar pra receber o meu amor,

Do seu jeito você só enxerga a sua dor...

Você não sabe ser amada, confunde-se numa miscelânea

E o resultado é que teu ódio aflora de forma instantânea...

E traz consigo a noite sob o silêncio imposto

E outra lágrima triste a cair do teu lindo rosto...