SE NÃO FOSSE A PRIMAVERA!

Quando perdemos um grande amor tudo

empurra-nos para os braços do ódio e aí,

surge a força do ressentimento sombrio e

amargo que nos confina ao nada de nada.

Por natural os efeitos aparecem como

ruínas, como as lágrimas que sucumbem

em grande quantidade, são olhares que procuram

socorro em um inexistente mundo.

A aflição é extrema, a entrega nos braços da

inércia é total, até a procura frenética pela

solidão é uma resolução absoluta, e esta

torna-se proprietária feudal de uma situação.

Nada satisfaz além do mais a algazarra do

destino é radical e se faz presente na

realidade dos fatos, afinal por inveja tudo o

que era perfeito tornou-se imperfeito pela

felicidade que reinava entre os amantes.

Ah! Se não fosse a primavera com suas flores,

se não fosse o perfume de cada uma a

contagiar o ar, se não fosse o estímulo

primoroso das plantas que dão flores o que

seria quando da separação de corpos?

Súbito me espanta outro ato de ver e agora

contendo maior intensidade, as flores morrem assim

como fenecem as flores da mocidade!

Wil
Enviado por Wil em 25/09/2013
Código do texto: T4497823
Classificação de conteúdo: seguro