Solo do Sentir
Dentre as contas do condão
Um pingente entre os seios em cores reais,
Quando da luz por ele adentra, por ele
Cria sem limites um prisma em lirismo,
Pois a noite já caiu em clave e cometas!
Em um solo rúbido de algum jardim
Ouve-se em seresta notas de uma certa viola,
Enviando pela brisa sons de um pueril de versos
Dedicados ao alento, ao alento do olhar,
Da pele desnuda, do corpo em elementos, canduras!
Via láctea, constelação, beleza,
Em cada palavra, parábola, seivas
De um mesmo tom semeando carícias,
Sonhos d’um porque sonhar
Em jeitos e trejeitos de dedilhar o amor!
Traços retos, tortos versos,
E os lábios vestidos em feitiços antológicos,
Como pecado referenciando o âmago
Em perdões, estribilhos num valsar eclético,
Ah, dor do vagar flame também no orar, no silente!
24/09/2013
Porto Alegre - RS