PARA QUANDO VIERES, SE...
Na solidão dos meus caminhos
tua presença era o segredo
que minh'alma conhecia
e os desejos que alagavam
as tantas noites vazias...
Pelos poros da noite
a saudade transpirava
e quando o medo era mais medo
era por ti que eu clamava!
Sacudi luas, revirei estrelas
segui caudas de cometas
perguntando-me onde estavas...
Por estradas tortuosas,
veredas abissais,
não contei as pedras
e nas lágrimas escondidas
o teu vulto eu pressentia...
eras tu a melodia
aquém do silêncio da pedra
além do engano e da quimera.
E nos embates da jornada
armei-me de coragem...
e desde sempre e neste agora
fiz-me por ti, espera!