Genuino amor
Falo de Amor...
Daquele que corre nas veias...
Não do que mente, do que mata do que engana.
Falo do amor que sente.
Do que perdoa, do amor que ama.
Falo do amor...
Olhos nos olhos.
Amor amigo que condensa emoções.
Não desse amor xarope
Que anda a galope nos corações. . .
Há o que se diz amor,
Até mata em nome desse amor.
Esse, não....
Basta aquele gritado nas igrejas,
Que não alcança o coração.
Falo do amor verdade,
Da caridade, que estende a mão.
Amor que abraça, conforta.
Falo de um amor assim.
Sem cor, sem credo, sem pátria.
Sempre pronto a dizer sim.
Falo além do de Vinícius.
“Que seja infinito enquanto dure...”.
Dos laços de Djavan cantado em versos de amor.
Ou o fogo e a ferida e a dor.
Tão descontente e rebuscado nos versos de Camões.
E ainda o amor bonito que Roberto fala em suas canções.
Falo do amor, Amor...Que verdadeiramente, ama.
A mão que cuida para que a outra não veja.
Infinito, incompreendido, “exemplo de Cristo”
Bondade, renúncia, superação.
Tão grande que surpreende.
E como tal transcende.
Esse amor minha gente chama-se ação...
MILA BRAGA