Espelho

Já não existe espaço

Neste pedaço de chão

Apenas solidão

O mal que me olha no espelho

E dedo a dedo

Esconde de mim um segredo

Escondido a sete chaves

De prata

A mesma prata que lobisomem mata

E que com garras e dentes e pelos

À luz da cheia lua corre pela rua

Uivando como violino fosse

Ou em canavial dourado, tão doce.

Como mel que não é salgado

Pois se salgado fosse não seria doce

Enfim, o mal no espelho que olha para mim.

E já não é assim

Tão grande segredo

Apenas sente o medo, o medo tão grande

Do fim

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 15/09/2013
Reeditado em 15/09/2013
Código do texto: T4482505
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