Setembro das Flores do Amar

Águas azuis como o céu

Espelhando-se há sombra do ipê amarelo

Inventado da solidão ais de um verbo de escrever,

O amor em forma, em cor, na sedução

Do âmago em canção, do outrem o olhar!

Outrora, lágrimas pela face aveludada

Versejando em sonetos à noite caindo

Em prelúdios lúdicos, raros e locos afagos

Sublimam feito condão de negras pérolas,

Pingente cristal sobre o nu do sentimento!

Do firmamento o luar voa alto,

Enluarando o falar baixinho do corpo

Por meandros e atlânticos únicos ao gostar,

Ao recitar das ondas sobre as pedras,

Na areia d’onde o codinome sentir...

Grafado ficou!

Sob o lábio o ventre vestido de pétala,

De cálice, de palavras que amam...

À flor da pele, à flor do destino

Tatuado no seio, sobre o leito, quiçá

Nos sonhos de Morfeu, poema meu,

Das quimeras em eras, época de uvas,

Vinho, quero o setembro das flores, do amar!

14/04/2013

Porto Alegre - RS