DOS DUENDES SEM NOME

A Grande Dama

recobriu-se de ausências:

pingo de chuva no olho de Eros.

Suspiros pelos cantos.

Também algumas fugas,

flores

ventos noutros quintais.

Nem sempre nos lençóis.

A anônima flor sibila

cochicha ao ouvido

— Ama–me ou te devoro!

Amor: signo dos duendes

inominados

nos jardins dentro de nós.

– Do livro BULA DE REMÉDIO, 2005/2009.

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/44811