VITÓRIAS

celebramos a festividade infame

de vitórias que o tempo desfigurou

o que resta a fazer

quando seguir é obrigatório,

mas não se enxerga lugar algum

sussurros escorrem as carências

da alma lembranças afora,

o silêncio é incontável,

jogadas fora a dissimulação e a promessa,

apenas dúvidas sobram no escorregadio

destino das folhas que desaparecem,

inventando o sentido da brisa

anunciado o valor

do conhecimento desfigurante da manhã