INCONSCIENTE...

Eu tenho tantas coisas para serem enunciadas,

algumas boas outras tristes, mas por

saber de antemão que não serão aceitas,

me calo como as ostras na imensidão dos mares.

Poderia me fartar previamente do banquete de

tudo que a vida me dá, fazer as pazes com aquilo

que me consome, mas o desprezo me conduz ao

horror do cadafalso e não há luz sobre mim.

Como seria bom sentir na pele os resultados

da felicidade, contudo vozes que cantam em

coro me acusam me sufocam e ali permaneço por estar

enclausurado tempo demais impedindo subjugar o adversário...

Assim vamos vivendo ou encenando como em

um jogo de tabuleiro, ora com jogadas espertas

ou ora com jogadas contendo artimanhas e ciladas,

até que nos digam que somos os vencidos...

Dessa forma entreguei todos os meus sonhos

nos braços do acaso, resignei-me a abrir mão de

tudo para poder caminhar a esmo correndo o risco

de me chamarem de inconsequente...

Wil
Enviado por Wil em 12/09/2013
Reeditado em 12/09/2013
Código do texto: T4478247
Classificação de conteúdo: seguro