O caminho do sol - II
Caminho com o vento da sensatez
O lápis sempre à mão
O sol é causticante maltrata-me de vez
Por que não procurar sombra então?
Qual nada...
Há muita coisa a fazer
Nada de olhar o sol se repartindo
Nem de nuvens se abrindo
Eu não vou pelo mesmo caminho
Nem vou como ele vai
Nem sei para onde ele vai...
Vou-me antes que a noite cai
Eu sei aonde vou
Vou rabiscar poemas, vou sorrir, vou amar
Por quê?
Porque sim!
Com o vento caminhar
Ou contra o vento se precisar
Sem lenço sem documento
Eu vou
Por quê?
Porque sim!
Por que não?
Ora bolas!
Não sabe então?
Não importa
Lá vou eu encontrar meu amor.
(Luiz de Carvalho Pádua)