MOÇA-FLOR
Era tão bonita, essa moça, mas não bonita de chamar a atenção, era bonita de um jeito leve, que nem flor do campo, que de tão suave, só o vento a percebe. E percebendo-a, brinca com ela, toma-a no colo, a acaricia e abriga em seus braços fugazes...Sabe da sua delicadeza e da sua fragilidade, por isso a trata com tanto carinho. Entende sua alma de flor!
Gostava de pensar na sua flor, naquela que era sua
amada entre tantas vidas que esquecera-se de algumas, mas que na próxima, sempre, de algum modo mágico, o Universo vinha e recordava...Era ela, a moça de amor tranquilo, quase que tranparente, de sorriso intenso, a mulher-semente de flor que, de repente e sem aviso, nasceu na sua frente, numa tarde fria e lhe aqueceu o coração dormente.