A COR DO AMOR (A Ti se o quiseres, ou a Alguém que o queira...)
Elipses de afecto dominam a minha imaginação
E projectam íris de ternura para a minha real e imaginária vastidão
E é nestas alturas em que sinto um estranho mas bem conhecido ardor
Em que vejo e sinto
A cor do amor
E eu aqui…tão sozinho mas tão acompanhado pelo que sou
Imerso num sonho que só Deus e só mesmo Ele levou
Para terras estranhas às outras, mas são as planícies do meu imaginário
Onde vejo o que é possível e que gozo num doce corolário do que me tornei:
A cor do amor
São arco-íris de infinita candura
Pontes que se atravessam com ternura
Laivos da mais pura interioridade
Sentimentos múltiplos que se misturam com a eternidade e mostram a
A cor do amor
Locais simples onde troquei beijos ou outro tipo de afectos mais recatados
Segredos que se cruzaram e a felicidade por receberes o meu recado:
Que te amo, que sempre te amarei
Num céu sem nuvens que por vezes penso que nunca mais verei, mas que exibe a:
A cor do amor
E eu conheço este sentimento como a palma da minha mão
Que tenho fechada para não sentir o peso da imensidão
Portas fechadas que se abrem a cada novo despertar
Nesse sentir estranho de contigo até ao fim dos tempos querer ficar e mostrar:
A cor do amor
Canto que se repete até à exaustão que não me cansa
Por ser a minha, nossa, favorita canção
E eis que eu…Um projecto de pintor de palavras
Consigo o impossível
De pintar o invisível
Com as tais cores que só existem na paleta imensa dos apaixonados
Quadro de irreal valor que só quem pode o pode ter visionado
Sorrisos que se cruzam com lágrimas de tristeza e de felicidade que caem no chão
Fazendo um rio de sentires que se encaminham para o doce mar real de ilusão
E me devolve aquele saboroso e portentoso calor
Hoje foi um dia desses, em que eu vi e senti no meu promontório de mil sóis
Onde brilham mil estrelas e onde está realmente
A cor do amor