O Ferreiro! O Poeta!
Não sou ferreiro,
Ferreiro era o meu avô,
Na forja, forjou o ferro
Que na bigorna moldou.
Sou o herdeiro do ferro
Que transformei em caneta,
Para escrever os versos do amor.
Não sou ferreiro sou poeta;
Do ferreiro herdei a prosa
De escrever com o ferro em brasa.
Ferreiro e poeta sempre o fogo ateia.
O ferreiro faz do ferro
E do fogo a sua arte,
O poeta a sua escrita.