SAUDADE ANTIGA
Nuvens passageiras, chuvas precipitadas
ao longo da praia deserta, o som do mar
como um grito estridente não permitindo
que os meus brados fossem auscultado.
Gaivotas sobrevoando minha sombra
como moscas sobrevoando o açucareiro,
e eu observando a embarcação fugindo para longe
como eu fugindo dos erros meus por amar.
As águas furiosas batendo ao longe em
criptas de granito, ruídos e o espectro
de mim mesmo inerte e desatento andando pela
areia aos encontrões com o nada...
Lembro-me bem a praia era longa demais e minha
sombra enorme enchia a praia, só depois de algum
tempo foi que percebi que o que sentia era sombra
da saudade minha antiga forma de rezar...
Mordia o coração por uma lembrança
que sucedeu outrora e que me
seguiu por toda uma vida, como uma
canção entoada pelos perdidos marujos em
alto-mar, por isso tentei embuçar o
o rosto nos meus andrajos pedaços...