SAUDADE ANTIGA

Nuvens passageiras, chuvas precipitadas

ao longo da praia deserta, o som do mar

como um grito estridente não permitindo

que os meus brados fossem auscultado.

Gaivotas sobrevoando minha sombra

como moscas sobrevoando o açucareiro,

e eu observando a embarcação fugindo para longe

como eu fugindo dos erros meus por amar.

As águas furiosas batendo ao longe em

criptas de granito, ruídos e o espectro

de mim mesmo inerte e desatento andando pela

areia aos encontrões com o nada...

Lembro-me bem a praia era longa demais e minha

sombra enorme enchia a praia, só depois de algum

tempo foi que percebi que o que sentia era sombra

da saudade minha antiga forma de rezar...

Mordia o coração por uma lembrança

que sucedeu outrora e que me

seguiu por toda uma vida, como uma

canção entoada pelos perdidos marujos em

alto-mar, por isso tentei embuçar o

o rosto nos meus andrajos pedaços...

Wil
Enviado por Wil em 05/09/2013
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