DESEJOS INCONTIDOS
Gosto quando meu olhar flerta com o invisível
Quando são nômades as imagens de minha retina
E o fascínio que nutro por tua luxuriante energia
Quando consigo enxergar além do que seja impalpável
Dói tudo o que de nossas vontades nos degreda
E mesmo em degredo sinto o sabor de tuas fantasias
Quando o que nos agrada está contido na distância
Gosto de teu poder de incitar meus masculinos desejos
Nesses lampejantes desejos em nós incontidos
De minha boca sedenta por sentir o suor de tua ardência
De minhas mãos tateando tua mais feminina intimidade
Gosto quando meu olhar flerta com o invisível
Quando me arrepiam tuas palavras ininteligíveis
O frenesi cadente de teus movimentos de fera no cio
De minha boca em contato com a entrada de teu úmido céu
Da rigidez excitante que percebo na ponta de teus seios
Do modo que me pede que penetre teu corpo agora profano
Da volúpia que irradias pelo teu inebriante olhar
Das sensações que te fazem sentir profunda satisfação
Do calor de tua boca quando um pedaço de mim abocanha
Gosto de tua maneira insana de ficar quando atinge o êxtase
E alucinadamente treme quando de prazer então se derrama
Mostrando toda libido contida em teu desconcertante corpo
Então explodo dentro de ti todo o desejo e prazer em mim contido
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