FOME DE AMAR
FOME DE AMAR
Quando corríamos juntos
Pelas trilhas de alcobaça,
Víamos as estrelas
Sorrindo com vergonha
De ver nossa pura nudez.
A fome de nos degustarmos
Refletia no cristal de nossos cálices,
Nunca saciávamos a sede te amar,
Nem ouvíamos os roncos do gigante Adamastor.
Nossos sonhos eram
De construirmos castelos,
No entanto todos desmoronaram
E hoje vivemos nas ruínas
Da outrora fortaleza do nosso amor.