Recado para quando você se for.
Moço, quando você for
vê se não vai de vez,
vai aos poucos,
assim gota a gota.
Vê se não me leva,
me deixa ficar.
Deixa também meus poemas,
meu café pingado,
minha poética,
deixa as baladas tristes pra vitrola tocar
e aquela minha velha ética de sempre amar.
Moço,
deixa meu gosto,
meu rosto,
meu ar.
Mas se teimar em levar,
leva,
mas leva devagar.
Que é pra dar tempo de eu lidar, de novo, com aquele velho enrosco que é “desamar”.