Recado para quando você se for.

Moço, quando você for

vê se não vai de vez,

vai aos poucos,

assim gota a gota.

Vê se não me leva,

me deixa ficar.

Deixa também meus poemas,

meu café pingado,

minha poética,

deixa as baladas tristes pra vitrola tocar

e aquela minha velha ética de sempre amar.

Moço,

deixa meu gosto,

meu rosto,

meu ar.

Mas se teimar em levar,

leva,

mas leva devagar.

Que é pra dar tempo de eu lidar, de novo, com aquele velho enrosco que é “desamar”.

Izah Cesário
Enviado por Izah Cesário em 04/09/2013
Código do texto: T4465851
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