SEMENTEIRA...

Sementeira....

Agosto trazendo sementes que florescerão em setembro primavera no amor...Semeado no vento em contentamento do tempo germe que cultivou...Galopados cometas iluminado o orbe! Estrelas poemas para a lua,solidão sentida... Mergulho na nostalgia da colheita pretendida.

Assola tempestade No ser, enchente agonizando o solo,vazadas de lágrimas sentidas nas ambivalências vividas. Escalando os montes escarpados,perseguido por lavas dos vulcões despertados...

Abrandado pelo vento de agosto,que sopram as sementes do amor pretendido.No sol que arde inflama aquecendo a terra amando seus grãos...

Nas letras valsadas nos sonetos descritos,premunia a fada a chegada do amor assolando mundo...

Tilintam os sinos , acordes em harpas sintonizam hinos!

Aura expandida, aréola amor... Beleza contida, universo reversa no soprar do vento no beijar colibri. Nuancem vibrantes no aroma das flores,no sorriso da fada revelado nas cores...

Desabrochando amor no esplendor á alma, que flana solta no universo transpondo barreiras criadas na distancia, atravessando fronteiras.Virtuais saudades de encontros reais.Sementes de amor...O corpo vibrando a energia preconizada,calafrios noturnos com hora marcada.

Tempo e espaço em colapso, embriaga transpira em profusão, prenuncio sentido, não há mais espera! Oceanos navegados , invernos se foram , só há primavera Florescendo no ser.Sementes de amor...ouvir sua voz risadas e sussurros, conversar no silêncio. Busco-te e emudeço, padeço e sofro nesta busca de estações de luas cheias de desejos contidos, sofridos e desencontrados...quero te ter!

Mesmo que seja só para ouvir o tilintar de um cristal, do rubro de um tinto encorpado brindando e selando esses anseios. Embriagar-me por tua arte entre as cores e os pincéis, desfalecer neste teu colo onde galoparei e arrefecerei qual Duna no topo do vento...

Ah, quantos delírios me arrancas em noites estelares! Porque estais sempre a me espreitar,a cintilar em minhas noites das quais me ponho a sonhar... Tal qual o vaga lume. É o cometa maior magnânimo único! Quero transpor córregos,desnudar-me contigo sob cachoeiras...

Amarmos-nos e lavarmos nossa alma de toda uma espera acumulada... Sementeira.

Deth Haak

23/08/2005

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 23/08/2005
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