No teu dorso
a eternidade dos lábios,
a brevidade dos anseios
às rédeas da tempestade
A revoada de sonhos
em voos acalorados
Ouvidos surdos pr'o mundo
... mergulho em sagrado pecado...
No teu dorso,
minhas mãos, tua posse,
meus sussurros, tua morte,
doce e lenta...
Bocas sedentas em curvas poéticas,
asas abertas... alma em pétalas...
Aromas frutados, furtados
em rompantes de fúria e desejo
No teu dorso,
meu corpo escravizado!
... ofertado aos suspiros...
Verbos insanos, noites insones,
olhos aflitos sob insaciável fome
Ahhh... No teu dorso... VIDA!
Altar ardente de poesias nuas!
Na minha pele, a grafia,
de todas as nuances tuas...
Altar ardente de poesias nuas!
Na minha pele, a grafia,
de todas as nuances tuas...
Denise Matos