Sentires do Amar
Céu de brigadeiro,
Embora sem o luar à noite
Arremessa-se em versos e versos
Como um farol guiando a nau
Até os lábios em morangos da estação!
Vestido em cetim
O corpo pelas pautas vazias rodopia,
Esvoaçando por prantos verbais, sonhais,
Tal qual o avesso amante escrevendo-se
Por si só, feito Ursa Maior firmamento canção!
A palavra vem da ternura
Desnudando cada Lamento sussurrado
Ao leito torpor, torpor das linhas descrevendo-se
N’uma rara e pura nostalgia emergindo d’alma,
Do reflexo conjugado nas águas, serenata!
Edos e idos ao amor
Latente ao lacrimejar do olhar
Rompendo a madrugada de liras e lírios
Salientados pelo âmago em compassos
Etéreos, um monastério de sentires
Pelo voar, pelo ais paixão!
29/08/2013
Porto Alegre - RS