DANADA INSÔNIA

Durmo o sono interrompido,

Acordo do sono mal dormido,

Desfaço dos sonhos derradeiros.

Tateio pela cama aquecida,

Viro várias vezes entre lençóis,

Perco-me por entre os travesseiros.

Diviso a luz solar pelo quarto,

Em frestas mal calafetadas,

Na penumbra que aqui se desfaz.

O desespero de uma noite perdida,

Na manhã que se avizinha cálida,

De que esse sono não foi capaz.

A angústia que cresce enormemente,

Dentro da alma e do corpo cansado,

Que a noite longa não completara.

Porém os afazeres do dia me chamam,

Afasto cobertas, lençóis e travesseiros,

E ainda atordoado, o cansaço não sara.

2.013