NOSSO GOZO...
Nesse frio, sorrateiros pensamentos na noite,
Em que teu cheiro me sucumbe e arrepia,
Ao me lembrar das rotas que percorri em teu corpo,
E do gosto de um beijo não arredio,
E do gosto do teu próprio sexo,
Em movimentos que poderiam ser complexos,
Se não fosse a doce cumplicidade.
Os olhares que poderiam ser ameaçadores,
Se não fossem por maliciosos desafios,
Em imputar ao corpo ardente, a chama,
De quem desafia querendo o revide,
Das idas e vindas, deliciosos açoites,
Dos teus cabelos a cobrir meus olhos,
Os encontros provocantes e ternos,
Que, por vezes, eram externos,
E em outros tão profundos.
Que mergulhar nesse mundo,
Tornou-se em minha pele uma carícia,
Que o simples toque da brisa,
Já me remete aos teus beijos.
Assim, não duvides,
Ainda há em meu corpo o desejo,
Na minha boca o teu gosto,
Em minha mente o nosso gozo.