INFINITO

Velho coração! Já não é mais mocinho!
Quem de alegrias teve vivido tanto
Não suporta esta falta de carinho
Nem destes dias a falta de encanto

Todas as noites sinto-o bater baixinho
Do meu peito faz um triste recanto
Como quem morre aos poucos, aos bocadinhos
Entristecendo vai também seu canto

Com a voz trêmula de quem triste chora
A saudade de alguém que o fez prelibar
Um grande amor que se foi embora

Bate assim tão leve que parece
Que vive infinitamente a recitar
Este amor nos versos de uma prece