Versos de uma Noite Jasmim

D’uma outrora romanesca

Embriaga-me um certo perfume de jasmim,

Sua flor em azul violeta abre-se à noite

Alçando-se aos papiros do próximo veleiro

Navegante das folhas sem pautas... Instigante!

Em quartetos ou quintilhas

Cálice e centelha acendem-se ao crepúsculo,

Ao espelho fazendo-se colorido pelo mar,

Pelo divagar do poeta pescando ilusões,

Lágrimas nutrindo a face de amor!

Por mantos e cantos

Escreveu-se o poema de afagos,

Bordando em cada um, um entrelace

Mágico como a noite errante, cintilante,

Não querendo a madrugada, apenas o olhar!

Dobram pelos lençóis

Ecos acariciantes, raros gemidos,

Na verdade escribas da poesia

Eleita pel’alma, pelo ditar dos versos

Pairando em paixão, compaixão pelo sentir!

Por fim, a pele entregam-se a madrugada,

Ao madrigal de todo poetar!

25/08/2013

Porto Alegre - RS