passagens e caminhos.
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E se perder for de grande liberdade
que seja o abrigo o colo o remanso do teu abraço amigo,
que o sono chegue encostado ao teu braço, envelhecendo mansinho...
Soou o sino da igreja, podemos seguir.
Por onde crescemos, agora apoiados, sustentados em ombros firmes vamos:
ao Mar, ao mar secretamente diremos nossos dilúvios de pensamentos...
ao Mar jogaremos nossos barcos encantados, nossas relíquias...
E seguiremos ambos enluarados,
abençoados de Amor, pousado o pássaro sobre o varal.
Correremos entre lençóis molhados, crianças de novo,
velhos de novo,
muito velhos de tão jovens,
irmãos da serena madrugada ou da fria turbulência,
atravessados de vida
até que o caminho nos separe...
Patrícia Porto