A REFORMA DA CASA
És uma menina tinhosa,
vacilante vem, decidida vai,
não tem tempo para mim,
tem que arrumar a casa.
Reforma por dentro e por fora,
nenhum entulho escapa nessa hora.
Desfaz -se de uma cômoda, já incomoda,
mantêm a poltrona de vime e a mesa.
Dispensa quadros e cores,
a nada agrega amores,
poucos móveis e muito espaço,
para não pesar o ambiente.
Observando ao redor... suspira:
_ Atrapalhando tem coisa!...
Olha para mim, resisto valente,
até que me sinta um poodle pós-tosa.
Finda a obra.
Esperado golpe, enérgico e cirúrgico,
sem aviso prévio, nem anestésico.
Silêncio angustiante.
Não cabem explicações,
tudo se auto define.
O mundo girou.
O tempo passou.
Tudo está novo.
Não pode haver demora,
avisa o instinto, lendo as energias,
e a experiência de vida a dizer:
É hora de ir embora!
2006
És uma menina tinhosa,
vacilante vem, decidida vai,
não tem tempo para mim,
tem que arrumar a casa.
Reforma por dentro e por fora,
nenhum entulho escapa nessa hora.
Desfaz -se de uma cômoda, já incomoda,
mantêm a poltrona de vime e a mesa.
Dispensa quadros e cores,
a nada agrega amores,
poucos móveis e muito espaço,
para não pesar o ambiente.
Observando ao redor... suspira:
_ Atrapalhando tem coisa!...
Olha para mim, resisto valente,
até que me sinta um poodle pós-tosa.
Finda a obra.
Esperado golpe, enérgico e cirúrgico,
sem aviso prévio, nem anestésico.
Silêncio angustiante.
Não cabem explicações,
tudo se auto define.
O mundo girou.
O tempo passou.
Tudo está novo.
Não pode haver demora,
avisa o instinto, lendo as energias,
e a experiência de vida a dizer:
É hora de ir embora!
2006