Sinfonia pelo Tempo

Há uma sinfonia

Muito particular em tudo partilhado,

Em palavras ou no vazio do silente,

Tudo renova-se e uma nova melodia

Abre o dia, traz a lua ou chuva em poesia!

Pela janela as calçadas úmidas

Refletem o amarelo das luzes,

O canto tímido dos pássaros num abrigo,

Um desejo espelhando-se pelo coração

Pulsando por um beijo, um retrato amor!

Chuva... Ah, divina chuva!

Gostas que alimentam a terra, trazem a flor,

A canção em torpor do corpo roupagem jasmim,

Bem querer na esperança e na sensação

De estar no abraço guardado, no ósculo roubado!

Como neon d’oura as poças d’agua

Dando brilho um tanto especial,

A cada verso que urge do peito aberto,

Do afago secreto, idílico, repleto de saudade,

Deslizando também no pranto pelo seio solidão!

Chuva... Oh, quimera chuva!

Deságue pelos canteiros d’onde

A semente semeei e o amor, colhi!

23/08/2013

Porto Alegre - RS