Saciedade
Minha voz é leito macio,
água que escorre suave
deslizante margem de rio,
quando indago sua boca
e, sem restrição
seu nome, sem pressa
pronuncio.
Seus olhos braseiros atentos
são densos além, da concepção
réstia de sol adentrando a janela,
primeira manhã
do novo verão.
Lábios inebriantes
qual cálice de vinho
alheios à sombra
fatal realidade
sublime silêncio
e depois desse tempo,
resta de nós
só saciedade