Na distância eu te amo
Se te vejo...
Mesmo cego eu não te escuto
Se te toco
Mesmo que queira não te sinto.
Tudo é vago e plenamente preenchido
Esvaziado de insensatos vagos pudores
Sem remorsos envoltos em tênue culpa.
Só te amo num infinito bem distante
Numa busca inútil em um presente impossível
Por um futuro, firme sólido e confiante
Numa vã certeza que um dia enfim serás...
Pra sempre minha...
Embora saiba que nunca me pertencerás
E nem mesmo a ti possa um dia te pertencer
Vida, eterno amor, meu doce vento
Te amo sozinho...
E com isso me contento.