CARTAS NA MESA


Não se trata de cartas do baralho.
Sentem-se na pele as noites perdidas
Na espera que vem chegando o cansaço.
Não se sente desmarcar o marcado.

Marcas do destino e não das cartas.
Consulta-se o coração com indiscrição.
Respostas vazias de tantas cartas jogadas fora
Deixadas ao lado para esquecer que marcou.

Amanhã será novo dia e o sol brilhará
Como sempre alimentando esperança
No amor contagiante da alegria.
Nessas cartas na mesa um curinga
Surge salvando a situação desastrosa.

Navegar é preciso nas situações
Em que domina o mandar como quer.
Nem a cigana lerá as cartas na mesa.
O coração que de bobo nada tem,
Além de ler responde cada carta.
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 22/08/2013
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