Amor de Amar
Das penínsulas do imo
Aromas ávidos, gentis, etéreos
Como o dia entregando-se a noite
Já andante nas pautas... Apelos...
Magistral nas entrelinhas... Solfejo!
Pelo quarto do luar
Coloridas dores multiplicam-se,
Mostram-se à flor da pele de Ébano,
Cultuando mistérios, revelando segredos,
Retratos de uma brisa de amar!
Do lábio vestido de batom
O beijo de outrora, aurora boreal,
Ao frenesi dos olhares, ao fitar dos ensejos
Bailando feitos instrumentos de uma ópera
Escrita da paixão, da comunhão... Olímpio!
Despertam e ecoam os clarins
De sentir e arrepiar-se diante da poesia
Intimista do ventre, do colo madrigal,
Das letras compondo cada murmúrio
Adentrando aos ouvidos como música de dançar!
22/08/2013
Porto Alegre - RS