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VOO DOIS EM UM
Ysolda Cabral
 
 
Tal qual Fernão Capelo Gaivota,
Eis o que vemos: um Poeta que escuta
A voz do Vento, que o enfrenta
E ganha os céus em vôos rápidos...
 
Desamado?! Desarmado?! Desconectado?!
Não! Apenas, na conta dos seus mágicos,
Pensa ser tal qual gaivota a voar alto,
Arriscando o que conquistou de fato.
 
Seus iguais pensam poder segui-lo...
Fim do penúltimo ato! Intervalo.
Lá está o homem que era só,
Querendo voltar aos espaços...
 
Não mais ermos, vazios, solitários...
Mergulha com toda força da sua natureza,
Plainando ao Vento com ímpar beleza
e volta sorrindo pros meus braços.
 
 
Recife-PE
22.07.2013

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Inspirada nos sonetos
VOO SOLO

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/4443121

e UM HOMEM SÓ
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/4444019
 
de Oklima, em retribuição a UM REAL ILUSÓRIO, interação  à minha poesia
 
DOCE ILUSÃO 
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4443416
 
(Voando nos versos da poeta Ysolda Cabral,
 a quem aplaudo beijos)

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VOO DA VOLTA
Odir Milanez
 
 
Eu era sonho solto ao sol poente
e dependente dele pra ser visto;
um voo em vão de nuvem noitecente,
versos virgens de um livro não revisto.
 
Era do amor um porto penitente,
roteirista de rota sem registo,
um pecado imputado ao inocente
 pelas pedras lançadas sobre Cristo.
 
Mas agora o amor se fez presente.
Em um sorriso seu o amor assisto.
E me ponho a cismar se você sente
o que sinto, a sonhar, pensando nisto.
 
Amando, mais e mais, o amor da gente,
do tempo de não ser deixo e desisto.
Se triste estou, de seu retrato à frente,
ao seu riso eu sorrio, não resisto!
 
Volto ao voo do verso. Eis-me volvente,
desta feita ao amor sendo benquisto.
Sobrevoo o seu corpo e, de repente,
aos seus braços me abraço e lhe conquisto!
 
 
JPessoa/PB
22.08.2013

oklima