A ÚLTIMA ESTAÇÃO

A poesia era a sua alma

Morria...

Lentamente agonizava

Morria sozinha em dias e noites

Vazia.. fria.. pálida...

Assistindo o outono despindo as

árvores

Assistindo o céu partindo, os sonhos

adormecendo

O silêncio lhe cobrindo

Eram lâminas que a dilaceravam

Cada ferida aberta sangrava e sangrava

presenteando a madrugada

Não chorou o fim

Nao se importava mais

Não enviou convites

Deitou-se ali sobre um alvo lençol

Nao precisava mais de um manto

para lhe aquecer

Nem queria apressar as horas

Saboreava assim a sua ultima poesia

Lembrando que houve um céu azul

Uma casinha branca na colina

Uma floresta de encantos

coisas que se perdiam nos

delírios de sua fantasia

Fechou os olhos e esperou...

Não viria a ela o resgate

Não havia salva vidas

Não ouviria a última canção

Aquele cenário lhe negava até mesmo

as flores

Seu coração batia, ainda que por um fio...

O coração da poesia.

Simone Stone
Enviado por Simone Stone em 22/08/2013
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