NA ALCOVA
A noite chega. O canto da cigarra
Na árvore; e a frouxa luz no quarto...
No vidro ainda, um tímido arrebol.
Não há relógio ali, dado aos desejos,
Nossas bocas...
Ardentes, os lábios dão-se aos beijos.
Um olhar silente no olhar da amada...
E as juras de amor balbuciadas...
As portas se fecham aos mudos trincos...
Faz-se na alcova o rito dos enlaces,
Um leve beijo posto sobre a face,
Unido ao pejo, e ao amor.
Geraldo Alté