NA ALCOVA

A noite chega. O canto da cigarra

Na árvore; e a frouxa luz no quarto...

No vidro ainda, um tímido arrebol.

Não há relógio ali, dado aos desejos,

Nossas bocas...

Ardentes, os lábios dão-se aos beijos.

Um olhar silente no olhar da amada...

E as juras de amor balbuciadas...

As portas se fecham aos mudos trincos...

Faz-se na alcova o rito dos enlaces,

Um leve beijo posto sobre a face,

Unido ao pejo, e ao amor.

Geraldo Alté

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 10/04/2007
Reeditado em 28/08/2007
Código do texto: T444441