665) Talvez amor
Talvez amor o vento que esperas
Seja apenas uma brisa mansa
A entrecortar os espaços,
E amenizar o calor que deveras sente.
É brisa mansa, que te abala os fundamentos?
Creio que não, creio que seja o medo que sentes
De se sentir rendido e perdido nos braços da amada...
Medo de não saber o cabido, sentido que a vida hora indica,
Não saber a direção que se toma,
Que torna e retorna
Perceba!
Que nem sempre o que fica é ilusão, mas é brisa!
Que recorta o coração e o faz tremer
Com o fogo da paixão,
Que nasce sem por que
E faz arder o corpo todo...!