Ternura em Plenitude

Diante dos olhos estrelou-se o céu,

O papel amarelou-se junta a penumbra

Caindo macia, serena, singular

Como o olhar pela poética da Galileia,

De quem ama ao pranto de versar!

Pela pele nua se escreveu à lágrima

Latente d’alma, do silente mudo

D’um mundo terno bordado em lantejoulas

À flor da pele, à vontade do âmago,

Do corpo vestido em poesia!

D’um veio nasceu o beijo,

Pelo abraço o valsar de rodar no espaço,

Girar e girar sobre as nuvens de algodão,

D’onde os apelos se dão em desejos etéreos

Feito a fonte dos lírios vermelhos!

Em cada palavra um gosto de mar,

Um brilho de cantar e encantar... Essência!

Para velejar em sentimentos sedosos,

Simples ao testemunho do Galileu,

Que nos ensinou o amor pela oração!

20/08/2013

Porto Alegre - RS