Me cansa teu amor!

Sua extrema dualidade agora me cansa!

por uma película de distância, insiste em não romper

o véu de mistérios que o circundam

porque há um escudo sobre teu ego

que te faz imóvel, insistentemente sem as cores

que focas, graciosamente nas fotografias;

se de uma lado a delicadeza sensível da nobreza

de outro, a mais previsível frigidez dos homens

mas o teu amor é uma imagem oculta

artificialmente bela, no quadro estático

de uma apartamento qualquer, dentre tantos

arranha-céus, na mesma autoafirmação dos

colecionadores de glórias e merecedores do tédio.

Me cansa tua birra, tua barba, teu olhar hermético.

sejamos livres e sinceros com nós mesmos, antes de tudo;

depois da paixão, o cansaço de carregar pesos inúteis...

Acreditas em que Amor, para a mudança radical do mundo?

existe amor nas grandes invenções, existe amor nas máquinas?

Shauara David
Enviado por Shauara David em 20/08/2013
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